A digitalização da economia brasileira tem crescido a passos largos, mas a segurança digital nem sempre acompanha essa evolução. O Brasil é o quarto maior alvo de ransomware do mundo, segundo o Relatório de Ameaças Cibernéticas SonicWall 2023, ficando atrás apenas dos EUA, Reino Unido e Espanha.

Embora os números globais de ransomware tenham caído 21% em todo o mundo, o volume total em 2022 foi maior do que nos anos anteriores. O quarto trimestre de 2022 registrou o maior volume de ransomware desde o terceiro trimestre de 2021, com um total de 154,9 milhões de ataques.

Outro destaque preocupante é o crescimento do malware direcionado à internet das coisas (IoT). O volume global aumentou 87% em 2022, totalizando 112 milhões de ataques até o final do ano. Na América Latina, o aumento foi menor, mas ainda significativo, chegando a 65%.

Os malfeitores estão sondando alvos fáceis para alavancar como potenciais vetores de ataque em organizações maiores. Por isso, é fundamental investir em segurança digital para evitar ataques cibernéticos cada vez mais sofisticados e furtivos.

Além disso, os autores das ameaças têm demonstrado uma clara preferência por determinadas técnicas, como dispositivos de IoT vulneráveis, cryptojacking e alvos potencialmente fracos, como escolas e hospitais. Diversos setores enfrentaram aumentos expressivos no volume de ransomware, incluindo educação (+275%), finanças (+41%) e serviços de saúde (+8%).

A queda de 66% do cryptojacking na América Latina é uma boa notícia, mas é importante continuar monitorando e se protegendo contra esse tipo de ataque.

Para minimizar o risco de ataques cibernéticos, é importante adotar as melhores práticas de segurança digital, como manter o software atualizado, evitar baixar arquivos de fontes suspeitas ou anexos de e-mails não solicitados e investir em soluções de segurança cibernética confiáveis.

O crescimento do malware direcionado à IoT é um alerta para a necessidade de investir em segurança digital para todos os dispositivos conectados. As empresas e organizações precisam estar preparadas para se proteger contra ameaças cada vez mais sofisticadas e furtivas, garantindo a proteção de seus dados e a continuidade de seus negócios.


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Marcelo Barros
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente sou o editor-chefe do Defesa em Foco, revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança. Em parceria com o guerreiro cibernético Richard Guedes, administramos o portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética, com parceria estratégica com o Instituto CTEM+ (www.ctemmais.org). Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).