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A crescente popularidade das tecnologias da Internet das Coisas (IoT) tem levado à sua ampla adoção em várias indústrias, incluindo a automação industrial. Essas tecnologias são usadas para monitorar e controlar sistemas de produção, como fábricas, usinas e refinarias, e os sistemas de controle e automação industrial eletronicamente seguros (IACS) são essenciais para garantir a segurança e a integridade desses sistemas.

Para garantir que esses sistemas sejam seguros, foi criada a série de normas ISA/IEC 62443, que define os requisitos e processos necessários para implementar e manter sistemas IACS seguros. Esta série de normas oferece orientação sobre como implementar medidas de segurança em todas as fases do ciclo de vida de um sistema, desde o projeto até a operação e manutenção.

Uma das principais medidas de segurança recomendadas pela série de normas ISA/IEC 62443 é o uso de zonas de segurança ou DMZ (zona desmilitarizada). Uma DMZ é uma área de rede que está separada da rede principal, onde os dados que entram e saem da DMZ são filtrados e monitorados para evitar ataques cibernéticos. A DMZ pode ser usada para separar redes de controle, supervisão e gerenciamento, bem como para restringir o acesso a dispositivos conectados a uma rede.

Para implementar uma DMZ em um ambiente IoT, é importante entender as diferentes camadas que compõem um sistema IACS. A camada física é composta pelos dispositivos de campo, como sensores e atuadores, que estão conectados a controladores lógicos programáveis (PLCs) ou dispositivos de entrada e saída remota (RTUs). A camada de controle inclui o software de controle que gerencia os dispositivos de campo e é executado em servidores ou sistemas de controle distribuídos (DCS). A camada de supervisão e gerenciamento é responsável por monitorar e gerenciar todo o sistema IACS, e inclui software como sistemas de supervisão e gerenciamento de energia (EMS).

Para proteger um sistema IoT com DMZ, a camada de controle é geralmente separada da camada de supervisão e gerenciamento. Isso é feito para evitar que os atacantes acessem a camada de controle por meio da camada de supervisão e gerenciamento. A DMZ é usada para filtrar o tráfego de rede e limitar o acesso aos sistemas de controle, reduzindo assim o risco de ataques cibernéticos.

Além disso, a série de normas ISA/IEC 62443 recomenda a implementação de medidas de segurança adicionais, como autenticação, criptografia e monitoramento de tráfego de rede. A autenticação é usada para garantir que apenas usuários autorizados possam acessar o sistema. A criptografia é usada para proteger a comunicação entre dispositivos e servidores contra interceptação e violação de privacidade. O monitoramento de tráfego de rede é usado para detectar e responder a ataques cibernéticos em tempo real.

 

Defesa de Prondidade com as normas ISA/IEC 62443

As normas ISA/IEC 62443 fornecem um guia abrangente para implementar e manter sistemas de controle e automação industrial eletronicamente seguros (IACS). As medidas de segurança cibernética necessárias para proteger as ICS/SCADA podem variar dependendo das necessidades específicas da organização.

A defesa de profundidade é uma abordagem de segurança cibernética que busca proteger sistemas e dados através de múltiplas camadas de segurança. As normas ISA/IEC 62443 são um conjunto de normas internacionais que fornecem orientações para o desenvolvimento de sistemas de controle industrial seguros.

As normas ISA/IEC 62443 incluem requisitos para a implementação da defesa em profundidade. A seguir estão algumas das principais medidas recomendadas pelas normas para implementar a defesa em profundidade em sistemas de controle industrial:

  1. Identificar e avaliar os riscos de segurança cibernética: Realizar uma avaliação de risco para identificar as vulnerabilidades e ameaças aos sistemas de controle e automação industrial, e avaliar o impacto potencial de cada risco.
  2. Implementar controle de acesso: Utilizar controle de acesso para garantir que somente usuários autorizados tenham acesso aos sistemas de controle e automação industrial. Isso pode incluir autenticação forte, autorização baseada em função e auditoria de acesso, autenticação multifator.
  3. Gerenciamento de vulnerabilidades: Implementar uma política de gerenciamento de vulnerabilidades para identificar, avaliar e mitigar as vulnerabilidades conhecidas. Isso pode incluir o uso de patches, atualizações de software e hardware e medidas para minimizar a exposição a vulnerabilidades.
  4. Monitoramento de segurança e detecção: Realizar monitoramento contínuo da segurança cibernética para identificar ameaças e vulnerabilidades em tempo real. Isso pode incluir o monitoramento de tráfego de rede, registros de eventos e detecção de anomalias. A norma recomenda a implementação de sistemas de monitoramento e detecção de intrusão para identificar possíveis ameaças.
  5. Teste de segurança: Realizar testes regulares de segurança cibernética para identificar vulnerabilidades e avaliar a eficácia das medidas de segurança existentes.
  6. Políticas de segurança cibernética: Implementar políticas de segurança cibernética para garantir que todos os funcionários estejam cientes das melhores práticas de segurança cibernética e entendam suas responsabilidades em relação à segurança dos sistemas de controle e automação industrial.
  7. Segregação de redes: A norma recomenda a implementação de redes segregadas para separar sistemas críticos de sistemas não críticos. Isso limita o impacto de possíveis ataques e reduz a possibilidade de que um único ataque possa comprometer todo o sistema.
  8. Atualização de software: A norma recomenda que as atualizações de software sejam aplicadas regularmente para corrigir vulnerabilidades conhecidas e melhorar a segurança do sistema.
  9. Proteção física: A norma recomenda a implementação de medidas de proteção física para proteger sistemas e dispositivos contra roubo, vandalismo ou outros danos físicos.
  10. Resposta a incidentes: A norma recomenda que as organizações tenham um plano de resposta a incidentes para lidar com possíveis violações de segurança. Isso inclui a definição de papéis e responsabilidades, a identificação de pontos de contato de emergência e a realização de treinamentos regulares.

Essas medidas de segurança cibernética ajudam a garantir a integridade, confidencialidade e disponibilidade dos sistemas de controle e automação industrial, reduzindo o risco de interrupções e danos à infraestrutura crítica e aos processos industriais. Para implementar a defesa em profundidade eficaz dessas medidas requer um entendimento profundo das ameaças e vulnerabilidades específicas do sistema, bem como dos requisitos regulatórios e das melhores práticas de segurança cibernética.

 

Conclusão

As normas ISA/IEC 62443 são um conjunto de padrões internacionais que fornecem diretrizes e requisitos para o desenvolvimento e implementação de sistemas de segurança cibernética para sistemas de controle industrial (ICS). Essas normas são destinadas a proteger a infraestrutura crítica e os ativos industriais contra ameaças cibernéticas, incluindo ataques de malware, hackers e ameaças internas. A aplicação das normas ISA/IEC 62443 ajuda as organizações a avaliar e gerenciar riscos de segurança cibernética em suas operações industriais. Elas definem as melhores práticas para a segurança cibernética em todas as fases do ciclo de vida de um sistema, desde a concepção e desenvolvimento até a operação e manutenção.

Os padrões ISA/IEC 62443 são amplamente reconhecidos como o conjunto de padrões líderes para segurança cibernética industrial. Eles foram desenvolvidos por uma equipe de especialistas em segurança cibernética de várias indústrias e são continuamente atualizados para refletir as últimas tendências e ameaças. A adoção das normas ISA/IEC 62443 é fundamental para a segurança cibernética em sistemas de controle industrial. Ao seguir essas diretrizes, as organizações podem reduzir o risco de ataques cibernéticos em seus ativos industriais e garantir a continuidade de suas operações críticas.


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