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O navegador Brave anunciou nesta quarta-feira (22) a versão final da sua plataforma de videoconferências integrada ao navegador chamada Brave Talk. Após um beta de um ano, restrito apenas aos Estados Unidos, a empresa promoveu todos os ajustes e agora disponibilizou o aplicativo de modo amplo para todos.

O Brave Talk é criado com código aberto baseado em Jitsi e totalmente construído para rodar direto no próprio navegador, assim como os irmãos Search e News. A ideia é focar na privacidade do usuário, sem coleta, armazenamento ou repasse de dados individuais das pessoas. Os diferenciais são o vídeo groupwatch (similar a um serviço de streaming), transmissão ao vivo para o YouTube e chamadas ilimitadas.

Diferentemente de outros apps similares, a quem a empresa acusa de monitorar chamadas e coletar imagens, o Talk permitirá o uso de camadas de criptografia para evitar a interceptação por pessoas não autorizadas. Os servidores não devem armazenar metadados nem registrar histórico de chamadas, o que deve ser um trunfo para que não quer bisbilhoteiros cuidando da sua vida.

Será possível realizar ligações de forma rápida na página “Nova guia” do seu navegador, a partir do novo ícone de câmera. Se preferir, dá para acessar o serviço por meio de um site exclusivo: talk.brave.com. Para começar uma videoconferência será necessário utilizar o Brave, mas os convidados podem participar da conferência com o navegador que preferirem.

Outra vantagem é o fato de dispensar a instalação de extensões ou aplicativos extras em razão da tecnologia WebRTC. Há uma versão gratuita para conversas entre duas pessoas e uma paga para quem precisa realizar reuniões com três ou mais, pelo custo de US$ 7 por mês. Essa versão premium também contará com outros benefícios como gravação de chamadas, ferramentas de moderação (silenciar participantes e exigir senhas de entrada), além de possibilitar a entrada de “centenas de pessoas”.

Talk x Together

Em maio do ano passado, o Brave havia lançado a mesma ferramenta sob o nome Brave Together. Na época, a companhia queria pegar carona na onda dos aplicativos de videoconferência, em franca ascensão, além de adicionar o seu costumeiro toque de privacidade. Pode-se afirmar que o Talk é apenas uma versão melhorada do Together, já que ambos têm as mesmas funcionalidades e foram construídos sobre o Jitsi.

Por enquanto, os aplicativos Brave para Android e iOS apresentam apenas o Brave Talk Premium, mas terão suporte à versão gratuita nas próximas semanas, segundo os desenvolvedores.

O Brave foi lançado em 2016 e o projeto é tocado pela Brave Software, companhia fundada pelo ex-presidente da Mozilla e criador do Javascript Brendan Eich. O navegador utiliza o Chromium como base e é conhecido por ter recursos dedicados à segurança e privacidade dos usuários.

Ao que tudo indica, a Brave caminha para ser um fornecedor completo de soluções, tal qual Google e Microsoft, afinal a suíte da empresa já conta com mecanismo de buscas, agregador de notícias, navegador e plataforma de videoconferências. Com uma crescente preocupação com a privacidade, este parece ser o momento ideal para escalonar seus serviços e atrair mais gente.

Fonte: Brave e CanalTech


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Marcelo Barros
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente sou o editor-chefe do Defesa em Foco, revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança. Em parceria com o guerreiro cibernético Richard Guedes, administramos o portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética, com parceria estratégica com o Instituto CTEM+ (www.ctemmais.org). Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).