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Os ciberataques cresceram 16,17% no Brasil no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período em 2020, apontou relatório divulgado pela Netscout Threat Intelligence Report, no final do mês de setembro. De acordo com o levantamento, foram observados 50 ataques simultâneos a empresas de telecomunicação, durante uma hora com espaçamento entre um e três minutos. Em nível mundial, o número foi de 5.351.930 ciberataques, representando alta de 11% com duração média de 50 minutos (+31%) cada, além da detecção de sete novos arquétipos de ataque de negação de serviço (DDoS).

Entre as razões para esse crescimento, o diretor da NetScout Brasil, Geraldo Guazzelli, reitera que a pandemia da Covid-19 e a necessidade de se trabalhar em home office influenciam os dados desde o ano passado.

“É um crescimento que observamos como natural pela maior quantidade de pessoas com acesso a tecnologia e a maior infraestrutura no país. No entanto, sem dúvida, a pandemia da Covid-19 também colaborou significantemente. ‘Todos’ foram para suas casas para trabalhar. O tráfego online cresceu e as possibilidades de ataques também”, avaliou. “Observamos um aumento de dispositivos IP’s rapidamente, cada pessoa em sua residência e pelo caráter emergencial, as seguranças dos acessos residenciais acabou sendo precária. Essas redes têm poucos mecanismos de defesa”, indicou.

Guazzelli lembra que o Brasil, no cenário mundial, é um player de relevância e sempre esteve com altos índices para ciberataques. “O Brasil é um país continental, temos 213 milhões de habitantes, nossa infraestrutura melhorou muito nas últimas duas décadas. Boa parte da população passou a ter acesso à internet em telefones, com 3G, 4G e agora o 5G. Cada telefone tem um endereço IP e um acesso da internet. Ou seja, são possíveis alvos”, pontuou. “Hoje também temos empresas de atividades globais, bancos, mineradores. O Brasil faz parte do cenário global e acaba sendo visado.”.

O diretor da Netscout salienta que as empresas de telecomunicações acabam sendo os principais alvos dos atacantes, pois são a conexão entre empresas e pessoas: “Elas são esse primeiro ponto de interconexão. Elas que promovem toda a infraestrutura das redes. É possível extrair muitos dados delas mesmas”.

Para evitar constrangimentos e ataques, Guazelli sugere pequenos cuidados para quem estiver navegando na internet seja pelo celular, no computador, ou até mesmo em televisões do tipo Smart. “É importante sempre utilizar sites de empresas em que se confia. Não clicar em links que cheguem por e-mail, sms, e até mesmo em ligações. São modelos de ataques: o fishing, o smshing e o vishing. Eles têm esses nomes pela modalidade com que são executados: e-mail, sms e voz”, disse. “Diversas vezes, os ataques emulam sites com acessos igual os dos bancos, para roubar senhas e login.”

Entre os ataques, Guazzelli destaca o que considera o mais perigoso para as corporações: Ransomware. Nele, os atacantes realizam o ataque e pedem um valor em resgate. Normalmente, esse dinheiro é solicitado em bitcoin, por ser de díficil rastreamento: “Em caso de não pagamento, as empresas perdem seus dados”.

Fonte: Correio do Povo


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Marcelo Barros
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente sou o editor-chefe do Defesa em Foco, revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança. Em parceria com o guerreiro cibernético Richard Guedes, administramos o portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética, com parceria estratégica com o Instituto CTEM+ (www.ctemmais.org). Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).