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O Google anunciou nesta quarta-feira (8) que em breve adicionará recursos generativos de inteligência artificial (IA) aos seus resultados de busca, um dia após a Microsoft anunciar planos de integrar respostas do tipo ChatGPT em seu mecanismo de busca Bing. Adicionar IA generativa, que cria texto ou respostas visuais como um ser humano, às pesquisas on-line permitiria ao Google manter os usuários em sua plataforma, fornecendo respostas personalizadas às suas perguntas e protegendo seus negócios de espaço publicitário.

O Google disse que a IA generativa permitirá que os usuários interajam com informações de “maneiras totalmente novas”. “Ele pode ajudar um padeiro a colaborar com um cliente no design de um bolo ou um fabricante de brinquedos a criar uma nova criação”, disse o vice-presidente sênior do Google, Prabhakar Raghavan, em um evento em Paris. “À medida que continuamos a trazer tecnologias de IA generativas para nossos produtos, o único limite para a pesquisa será sua imaginação”. O Google revelou o serviço de chatbot Bard nesta segunda-feira (6) em resposta ao risco de que o ChatGPT possa alterar a forma como os usuários buscam informações online, o que impactaria seu negócio de publicidade.

O Bard está disponível apenas para alguns “parceiros externos confiáveis”, mas o lançamento já enfrentou problemas, pois o próprio anúncio online do Google mostrou que o chatbot fornece respostas imprecisas. A OpenAI, sediada em São Francisco e apoiada pela Microsoft, abriu seu chatbot ChatGPT para testes públicos gratuitos em novembro. A ferramenta ganhou popularidade em poucos dias e a Microsoft agora planeja usar a tecnologia para potencializar seu mecanismo de busca Bing.

Analistas levantaram preocupações de que uma integração com o Bing possa afastar os usuários do mecanismo de busca do Google, que gerou mais de US$ 100 bilhões em receita no ano passado. O negócio de publicidade é o maior gerador de receita da Alphabet, respondendo por cerca de 80% da receita anual da empresa. A Microsoft espera que cada ponto percentual de participação de mercado ganhe US$ 2 bilhões em receita de publicidade em buscas. A batalha pela inteligência artificial está esquentando enquanto a União Europeia se prepara para regulamentar a tecnologia por meio de sua própria Lei de IA.

Além da pesquisa, o Google também apresentou vários aprimoramentos no Maps, visualizações internas, pesquisa e tradução de imagens – tudo usando alguma forma de IA de alguma forma. “A IA também está tornando muito mais natural entender e explorar o mundo real”, disse Raghavan.


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Marcelo Barros
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente sou o editor-chefe do Defesa em Foco, revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança. Em parceria com o guerreiro cibernético Richard Guedes, administramos o portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética, com parceria estratégica com o Instituto CTEM+ (www.ctemmais.org). Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).