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O Brasil enfrenta uma crescente onda de crimes ligados ao furto de cabos de telecomunicações, revelando um desafio significativo para a manutenção da qualidade dos serviços de telefonia e internet e, consequentemente, para a segurança pública e a infraestrutura digital do país. Em 2023, a Conexis Brasil Digital, entidade que congrega as principais empresas do setor, divulgou um aumento de 15% nesse tipo de crime, com o volume de cabos subtraídos alcançando alarmantes 5,4 milhões de metros. Este volume seria suficiente para cobrir a distância entre Fortaleza e Lisboa, evidenciando a magnitude do problema.

Impacto Direto na População e Serviços Públicos

Os furtos não somente geram prejuízos materiais significativos para as operadoras de telecomunicações mas também impactam diretamente cerca de 7,6 milhões de pessoas, que ficaram sem acesso a serviços essenciais de telefonia e internet. A falta desses serviços afeta a vida cotidiana, a economia e a capacidade de resposta a emergências, uma vez que prejudica o acionamento de serviços públicos vitais como polícia, bombeiros e assistência médica.

Disparidades Regionais e Medidas de Combate

A distribuição do problema varia significativamente entre os estados. São Paulo lidera o ranking com o maior número de furtos, seguido por Paraná, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, cada um enfrentando desafios únicos na gestão dessa questão. Notavelmente, o Rio de Janeiro conseguiu reduzir pela metade os casos de furto de cabos, graças a um esforço coordenado entre as autoridades locais e o setor de telecomunicações. Este sucesso destaca a importância do diálogo e da colaboração entre diferentes entidades para a mitigação desse problema.

Necessidade de Ação Coordenada e Legislação Específica

Para enfrentar eficazmente o furto de cabos, a Conexis Brasil Digital apela por uma ação coordenada que envolva todos os níveis do governo – federal, estadual e municipal – além do fortalecimento da legislação. Há uma demanda por leis mais rigorosas que aumentem as penas para os criminosos envolvidos nesses furtos, bem como medidas que responsabilizem as empresas que adquirem materiais furtados. Além disso, propõe-se uma revisão das normativas que penalizam as operadoras de telecomunicações quando o serviço é interrompido devido a furtos, visando não apenas punir os perpetradores mas também proteger as infraestruturas críticas.


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