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Chegou o dia de falar sobre a rede social mais usada no Brasil. Sim, ele é uma rede social, por mais que alguns discordem. E o que define rede é as conexões que ela proporciona, e convenhamos, ele liga todos nós hoje em dia. Dados recentes apontam algo em torno de 170 milhões de usuários ativos Brasil. É como se a cada dez brasileiros, oito tivessem uma conta no App. Levando-se em conta que temos idoso em fim de vida e crianças e bebês, é como se qualquer brasileiro acima de 5 anos e abaixo de 90 tivesse uma conta no aplicativo. É surreal.

Mas e qual a história desse serviço? O app, como já citei anteriormente, pertence a Meta. Visionários como sempre, compraram o serviço em 2014 e desde então o serviço vem ganhando novas funções. Criado por dois empregados de uma consultoria, ele nasceu porque um deles ficou chateado ao ir para a academia e com isso, perdeu chamadas que lhe foram feitas. Jan Koum e Brian Acton nunca imaginaram o tamanho da que acabaram criando. Brian seguiu trabalhando na plataforma até meados de 2017, quando saiu por uma polêmica que você, usuário, deveria se preocupar.

Sempre falo aqui da privacidade dos dados. Dados são petróleo. É nossa vida e nossa história nos tempos modernos. E nesse ano da saída de Acton aconteceu a mudança na política de privacidade do WhatsApp, que passou a compartilhar dados do aplicativo com o Facebook para monetizar a plataforma. O WhatsApp compartilha dados de tráfego relativo aos seus grupos, sua localização e número de telefone com o Facebook, para que este possa oferecer anúncios de produtos e serviços baseados no que você faz no mensageiro. Eles não tem acesso as suas mensagens (é o que eles dizem, ao menos), mas sim metadados gerais como forma de melhorar o oferecimento de conteúdos pagos. Negócios.

Mas e como o WhatsApp funciona? Bom, ele é seguro sim. Muito seguro. A criptografia end-to-end garante a não interceptação dos dados trafegados entre usuários (uma ressalva aqui para o WhatsApp Web, como já falei sobre o monitoramento que o seu empregador pode fazer). Entretanto, o WhatsApp tem brechas que são deixadas pelos usuários (sempre eles). Um exemplo: o duplo fator de autenticação. A segurança em duas etapas torna praticamente impossível a clonagem do WhatsApp. Muitos ignoram pelo simples fato de que não querer colocar a senha, que é pedida de tempos em tempo. Outro problema: deixar a foto do perfil acessível para pessoas que não são contatos. Bandidos salvam a foto e usam na aplicação do golpe do número novo, usando a mesma imagem em outro número para pedir dinheiro a familiares. E sim, pelo grande alcance do aplicativo, são comuns diversas práticas criminosas usando o WhatsApp, como crimes de sextortion, estelionato e muitos outros. Porém o aplicativo não tem culpa disso. Nós somos os culpados.

Tire alguns minutos. Faça o duplo fator, esconda sua foto de não contatos, ative o aviso de mudança de número de contatos (quando alguém reinstala o aplicativo ou troca de número e/ou aparelho o WhatsApp avisa você), utilize as mensagens temporárias se trabalha com dados sensíveis, não deixe o backup ativado (apenas quando for trocar de aparelho, deletando logo a seguir da sua nuvem). Esses pequenos cuidados (que salvam vidas e carreiras) não são minutos perdidos, acredite.


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