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Engenheiros da Universidade Estadual de Ohio (OSU, Ohio State University), nos EUA, demonstraram que os satélites da constelação Starlink, da SpaceX, podem ser usados como uma alternativa ao sistema GPS para determinar a posição de um objeto no solo. Vale lembrar que um estudo aparentemente independente, feito por pesquisadores da Universidade do Texas, chegou recentemente à mesma conclusão.

O estudo foi apresentado no encontro anual do Instituto para Navegação GNSS em 22 de setembro em St. Louis, no estado norte-americano do Missouri. O método foi desenvolvido sem participação da SpaceX, e os engenheiros reforçam que ele é totalmente passivo, ou seja, não é necessário estabelecer uma conexão com os satélites.

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Exemplo de um teste com o sistema desenvolvido por Kassas.

O sistema GPS é de propriedade dos EUA e operado pela Força Espacial Norte-Americana. Mas como está em operação há mais de 30 anos, e seu funcionamento é bem conhecido, pode ser suscetível a “interferência” por adversários dos EUA em um eventual conflito, algo exacerbado pela distância dos satélites em relação à Terra (mais de 20 mil km), que torna os sinais muito mais fracos do que os dos satélites Starlink, que estão a apenas 550 km.

Portanto, o desenvolvimento de alternativas ao GPS é visto como uma questão de segurança nacional, tanto pelos EUA quanto por adversários. Por isso a Europa, Rússia e China tem seus sistemas de navegação próprios, respectivamente o Galileo, Glonass e Beidou.

A pesquisa de Kassas foi patrocinada pelo Escritório de Pesquisa Naval, Departamento de Transporte e Fundação Nacional de Ciências, todos afiliados ao governo dos EUA.

Fonte: Olhar Digital

Marcelo Barros
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente sou o editor-chefe do Defesa em Foco, revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança. Em parceria com o guerreiro cibernético Richard Guedes, administramos o portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética, com parceria estratégica com o Instituto CTEM+ (www.ctemmais.org). Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).