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O grande crescimento de ataques hackers no último ano, direcionado não só para empresas, mas também para órgãos governamentais, motivou a Policia Civil do Rio Grande do Sul a fechar uma parceria com a CySource, empresa de cibersegurança israelense que conta com a melhor plataforma de educação e treinamento em segurança cibernética baseada em Inteligência Artificial no mundo. O Termo de Cooperação foi celebrado pelo Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Sul, por intermédio da Secretaria da Segurança Pública (SSP/RS).

Nos últimos dois anos, o Estado do Rio Grande do Sul registrou crescimento de 295% nos crimes virtuais na região, na comparação com o período pré-pandemia do novo coronavírus. “Com o isolamento social, muitos crimes deixaram de ser praticados nas ruas e passaram a fazer vítimas em ambientes virtuais. Por isso, estamos ampliando nosso quadro de profissionais e aprimorando ainda mais nossas técnicas no combate aos crimes cibernéticos”, explica o delegado André Lobo Anicet, titular da Delegacia de Polícia de Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Informáticos e de Defraudações (DRCID), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC).

A parceria com a CySource será implementada em etapas, iniciando pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), responsável pelas tratativas com a empresa CySource e posteriormente o projeto será levado a todas as demais delegacias do Estado do Rio Grande do Sul e estará disponível aos 5.253 policiais que atuam direta e indiretamente com crimes virtuais. “A capacitação de toda a polícia do Estado trará ainda mais velocidade para o combate dos crimes virtuais, que em geral são mais complexos por conta da amplitude do ambiente virtual frente ao ambiente físico. Mais do que reagir, estaremos à frente dos futuros golpes, o que nos dará condições mais rápidas de busca e apreensão destes estelionatários”, prevê o delegado Sander Ribas Cajal, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC).

O objetivo da colaboração é oferecer treinamento para policiais na área de segurança cibernética, além de capacitação para auxiliar nas investigações de infrações penais praticadas na internet. “Conhecer as formas que os hackers mal-intencionados agem é uma forma de prevenir ataques, rastrear e punir mais facilmente os autores dos crimes. Dessa forma, as autoridades da polícia podem agir com maior eficiência nos delitos praticados também no ambiente virtual”, explica Luiz Katzap, Sales Manager da CySource que veio até Porto Alegre para concretizar a parceira.

A CySource foi fundada por veteranos das forças de defesa militar israelense, profissionais acostumados a lidar com alguns dos mais rígidos protocolos de segurança de cibersegurança. Além de oferecer treinamentos, a CySource é responsável pela proteção de nomes como o Banco Hapoalim, considerada a instituição financeira mais segura do mundo, e o gabinete do Primeiro Ministro de Israel, Naftali Bennett.

“Procuramos compartilhar o conhecimento mais atualizado a partir da nossa divisão interna de pesquisa e ataque de segurança cibernética para criar uma comunidade de conhecimento. Como a tendência é sempre os invasores buscarem novas maneiras de burlar os sistemas de defesa virtual, apostamos na tecnologia, que tem como base a experiência do exército israelense, como forma de conter os ataques hackers também no Brasil”, explica Shai Alfasi, CTO da CySource.


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Marcelo Barros
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente sou o editor-chefe do Defesa em Foco, revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança. Em parceria com o guerreiro cibernético Richard Guedes, administramos o portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética, com parceria estratégica com o Instituto CTEM+ (www.ctemmais.org). Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).