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Um novo software malicioso está circulando em fóruns cibercriminosos e grupos de aplicativos de mensagens. Chamado de KL Reboleto, ele é capaz de invadir contas de e-mail para alterar boletos, direcionando os pagamentos para as contas dos criminosos.

A manipulação ocorre diretamente no arquivo PDF do boleto, minimizando a chance de detecção pelo usuário. A praga foi nomeada em referência a um software online lançado em 2010, voltado para atualizar documentos vencidos. Seu uso foi rapidamente desviado para a ação criminosa, o que levou à retirada da solução do ar. No entanto, a versão maliciosa continuou a ser atualizada, com o lançamento mais recente datando de 2020.

O Reboleto monitora palavras-chave, como “boleto” e “duplicatas”, para detectar os documentos de pagamento e realizar as alterações. Os criminosos agem como um intermediário, alterando a composição do PDF para que os valores sejam revertidos em suas contas. A mensagem adulterada é exibida na íntegra, com o boleto anexo manipulado por meio de softwares legítimos de edição de PDFs.

De acordo com especialistas, os criminosos podem até agendar o envio de um e-mail fraudulento para aumentar a desconfiança dos usuários. A praga é vendida por R$800 a R$1,2 mil, dependendo da versão e das capacidades ofensivas disponíveis.

Para se proteger contra ataques com o Reboleto, a melhor forma é proteger as contas de e-mail, pois são o vetor inicial para o golpe. O uso de senhas fortes, autenticação em duas etapas e verificação das configurações de privacidade e segurança do provedor ajudam a manter a proteção da plataforma. É recomendável monitorar vazamentos de dados e conferir cuidadosamente os boletos a serem pagos, prestando atenção aos remetentes de e-mail e informações preenchidas nos documentos.


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Marcelo Barros
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente sou o editor-chefe do Defesa em Foco, revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança. Em parceria com o guerreiro cibernético Richard Guedes, administramos o portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética, com parceria estratégica com o Instituto CTEM+ (www.ctemmais.org). Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).