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O YouTube (sim, o YouTube é uma rede social), criado por três ex-funcionários do PayPal em 2005, rapidamente se tornou uma plataforma de compartilhamento de vídeos que revolucionou a maneira como consumimos conteúdo. Com sua história marcada por crescimento exponencial, o site foi adquirido pelo Google em 2006, consolidando sua posição como líder no mercado de vídeos online. Com mais de 2 bilhões de usuários mensais em 2023, a plataforma abrange uma vasta gama de interesses, desde tutoriais e entretenimento até análises de produtos e documentários. Aliás: O YouTube é o segundo site / aplicativo mais acessado no mundo ficando atrás apenas do seu dono, o senhor Google. Até por isso, quando você fala algo próximo a um telefone Android, logo aparece um vídeo de algo relacionado quando você o abre. Black Mirror da vida real, mas sempre ressalto, com a sua autorização nas letras miúdas.

No Brasil, o YouTube desempenha um papel significativo no consumo de conteúdo digital. Embora ainda atrás a léguas de distância da TV aberta, ele caminha a passos largos para a dominação. Com uma população ávida por informações e entretenimento, o país se destaca como um dos principais mercados para a plataforma. Criadores de conteúdo brasileiros conquistaram milhões de seguidores, muitos deles daqueles que você olha e não entende como consegue tantas visualizações. O YouTube tem um poder hipnótico, amado por pais jovens que querem aproveitar o silêncio dentro de casa e em saídas externas em família, terceirizando a educação dos seus filhos ao carro chefe dos vídeos na Internet. Sim, você mesmo pai e mãe que está lendo aí. Começa na Galinha Pintadinha, passando por Luccas Netos da vida. Mas é decisão de cada um e as consequências sentiremos em alguns anos, provavelmente.

A ascensão do YouTube no Brasil também é evidenciada pela influência da plataforma na formação de opinião e na disseminação de informações. Políticos, artistas e outros influenciadores têm utilizado o YouTube como uma ferramenta poderosa para se conectar diretamente com o público, criando uma dinâmica na comunicação digital.  Entretanto, o sucesso do YouTube também levanta questões sobre moderação de conteúdo, direitos autorais e algoritmos de recomendação. A plataforma tem enfrentado desafios para equilibrar a liberdade de expressão com a responsabilidade de evitar a disseminação de desinformação e conteúdo prejudicial.  Assim como o Instagram, os algoritmos não permitem a publicação de vídeos pornográficos ou violentos ao extremo. Em conclusão, o YouTube não é apenas uma plataforma de vídeos online; é uma força cultural que moldou a maneira como consumimos mídia em todo o mundo.

Como tudo que começa de graça e acaba pago, o YouTube foi malandramente inserindo anúncios chatos, até que a gente enche a paciência e assina para se livrar deles. Depois, agregou o YouTube Music na assinatura, para concorrer com o Spotify, mas não obteve nem de perto o mesmo sucesso. A possibilidade de baixar vídeos para ver offline foi outro serviço pago agregado. YouTube lucrou só no quatro trimestre de 2022 US$ 7,96 bilhões com anúncios. Isso só com publicidade exibida em sua maioria para não assinantes. Multiplique quatro trimestres de um ano e junte as assinaturas ao redor do mundo, da mais que o PIB de muitos países.

O YouTube é ótimo. Mas não deixe que ele eduque seu filho no seu lugar.